ESTRUTURA PENSIL E ABÓBODA
Profª: Maria
Regina
Cauê Resina
– RA 20150371
Camila
Oliveira – RA 20149698
Daniely
Périco – RA 20148641
Karina
Rejowski – RA 20394312
São Paulo, junho
de 2014
1.
ESTRUTURA PÊNSIL
1.1 RESUMO
Em síntese,
segundo CHING 2006, estrutura suspensa “é aquela estruturada por cabos suspenso
e pré-tensionados locados entre elementos de compressão com a finalidade de
sustentar diretamente as cargas aplicadas”. O autor também define ponte pênsil
como uma plataforma suspensa a partir de cabos erguidos em torres e firmemente
ancorados em escoras localizadas nas extremidades da estrutura.
Diferentes
componentes fazem parte de uma ponte pênsil, sendo os principais:
·
Cabo de
estai - que é responsável por absorver o componente horizontal da tração e
transmiti-la para a fundação no solo.
·
Mastro
- que é o elemento vertical ou até mesmo inclinado de compressão, que sustenta
a soma dos componentes verticais, a inclinação do mastro lhe permite absorver
parte da tração horizontal do cabo e consequentemente reduzir a força nos cabos
de estai.
·
Cabo
principal - é o cabo principal da estrutura horizontal, sendo
pré-tensionado e responsável por sustentar diretamente a carga de uma estrutura
suspensa.
·
Cabo
secundário - são cabos pré-tensionados utilizados para estabilizar a estrutura
suspensa das oscilações aerodinâmicas.
·
Cabo de
ancoragem - estrutura de cabos, onde se ancora um conjunto de cabos
secundários de uma estrutura suspensa.
Figura 1
Disponível em: http://dicioilustradoestruturas.blogspot.com.br/2012/05/portico-estrutura-linear-plana-com.html
1.2 PONTE PÊNSIL
Também chamada pendente, a ponte pênsil ou suspensa pode vencer distâncias ainda maiores que
as em arco ou em viga, de até 2.100m. Seu tabuleiro é sustentado por cabos de
aço cujas forças de tração tendem a aproximar os suportes das fundações. Os
cabos são fixos em torres situadas nas extremidades da ponte.
As primeiras versões foram
feitas em madeira e corda. Com o desenvolvimento tecnológico, os tirantes de
corda transformaram-se em enormes cabos de aço. A ponte pênsil é apropriada
para grandes vãos livres, pois ela permite máxima leveza e um “peso morto”
mínimo. Um exemplo é a Golden Gate Bridge, com um vão livre de 1280m.
Em pontes suspensas com
grande vão, a sobrecarga é quase desprezível em relação ao peso próprio. A viga
de rigidez portanto, pode ser relativamente esbelta, já que precisa resistir
somente às flexões produzidas pelas possíveis desigualdades da sobrecarga ao
largo do vão; a viga precisa não ser absolutamente rígida, para poder flexionar
juntamente com o alargamento dos cabos. A “torre”, ao contrário, deve possuir
um pouco de rigidez para poder resistir aos efeitos dinâmicos do vento.
Estruturalmente, a ponte
pênsil funciona como um arco invertido, formado por um cabo, que resiste à tração,
ao invés de compressão. À medida que o vão diminui e, consequentemente, as
secções e o peso próprio também, a importância da sobrecarga vai aumentando.
Figura
2
Disponível em:
http://www.timbo.sc.gov.br/upload/noticias/pontepencil.jpg
1.3 EXEMPLOS
1.3.1
PONTE HERCÍLIO LUZ
Localizada em Florianópolis, é a maior Ponte Pênsil do mundo
e maior do Brasil. Foi construída com o objetivo de ligar a parte insular da
capital do estado, á sua parte continental, com a intenção de substituir o
serviço de balsas da região. A construção iniciou em 1922 e terminou em 1926.
Ela tem 821,005 m de comprimento total.
A estrutura de aço tem o peso aproximado de cinco mil
toneladas, e os alicerces e pilares consumiram 14.250 m³ de concreto. As duas
torres principais têm 74,21 m de altura. O vão pênsil tem a altura média de
30,86m em relação ao nível da maré e a carga total nas cadeias de barras de olhal
é de 4000 toneladas-força. Na construção da mesma, foram utilizados como
material, aço, que eram sustentados por barras de olhal.
A ponte foi projetada durante o governo de Hercílio Luz, com
intuito de ser a primeira ligação terrestre entre a ilha e o continente. O
projeto é de autoria de engenheiros Norte-Americanos, e todo material nela
empregado foi trazido dos Estados Unidos.
Figura 3
Disponível em:
http://www.eniopadilha.com.br/imagens/ponte_hercilioluz.jpg
Em 1982, a ponte foi fechada
por medida de segurança, e passou a servir apenas como cartão postal, e ponto
de referência para a cidade. Depois em 1988, a mesma foi reaberta somente ao
tráfego de pedestres, bicicletas, motocicletas e veículos de tração animal, mas
logo, em 1991, foi fechada novamente, depois de um relatório de análise de
viabilidade de reabertura do tráfego da ponte.
O pesadelo do desabamento
tornou-se constante na vida das pessoas, mas quando a ponte completou 71 anos
de idade, a obra foi tombada como patrimônio histórico e artístico.
1.3.2
GOLDEN GATE
Localizada no estado da
Califórnia, a ponte é o principal cartão postal da cidade, e considerada uma
das Sete maravilhas do Mundo Moderno.
Ela tem 2737 metros de
comprimento total, incluindo os acessos, e 1966 metros de comprimento suspenso,
sendo a distância entre as duas torres de 1280 metros. Estas torres de
suspensão, por sua vez, erguem-se a 227 metros acima do nível do mar,
suportando os cabos que, nas pontes com esta arquitetura, suportam o tabuleiro
suspenso. Isto significa que os dois cabos principais que a suportam têm de
estar preparados para suportar todo o peso do tabuleiro e dos cabos que aportem
dos cabos principais. Cada um destes possui um diâmetro de 92 centímetros,
sendo formado por 27572 cabos menores.
Figura 4
Disponível em:
http://images.forwallpaper.com/files/images/9/9db4/9db43652/313828/bridge-evening-lights-golden-gate-san-francisco.jpg
1.3.3
PONTE AFFONSO PENNA
Começou a ser construída em
1908, no então povoado de Santa Rita do Paranaíba, atraindo pessoas de várias
pontos da região para acompanhar sua instalação, e foi inaugurada no dia 15 de
novembro de 1909, recebeu o nome em homenagem ao Presidente Afonso Augusto
Moreira Pena.
Após a construção da Rodovia
BR-153, no decorrer da década de 1960, o movimento passou para a ponte
constituída para atender a rodovia.
A estrutura de ferro da Ponte
Affonso Penna veio da Alemanha até Rio de Janeiro de navio, depois seguiu até
Uberlândia de trem e, de lá para Itumbiara, em carro de boi. A construção da
ponte significou a ligação do Centro Oeste brasileiro com outras regiões do
País, já que unia as regiões Sul e Sudeste ai Sul Goiano e Mato Grosso.
Figura 5
Disponível em:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdMCH3U5tg_Ch_DA48vg07znx2lbS5rMbFjEOtgVppNkszVQNbsNhqKOrENwrYElxLI6qcyKKeFgLs0o5K1cYfWM6TUkYZ6jpLHP_oHiTLMOrpxHyBlrB8rPcI_KwlDZx5Amz0V7-YARgv/s1600/afonso+pena+7.JPG
2
ABÓBADAS
2.1 RESUMO
Abóbada é uma
construção em forma de arco com a qual se cobrem espaços compreendidos entre
muros, colunas ou pilares. Compõe-se de peças lavradas em pedra especialmente
para esse fim, denominadas aduelas, ou de tijolos apoiados sobre uma estrutura
provisória de madeira, o cimbre.
Os povos
mesopotâmicos foram os primeiros a empregar abóbadas, que faziam de tijolos. No
Egito e na Grécia a cobertura dos edifícios era feita mediante estruturas
horizontais, as arquitraves, mas entre os cretenses e micenas já se encontravam
algumas falsas abóbadas feitas de fileiras contíguas de tijolos ou pedras. Os
romanos recuperaram as técnicas originárias dos povos mesopotâmicos, retomadas
depois no Ocidente e também em Bizâncio, de onde se transmitiram ao mundo
muçulmano. O período românico usou principalmente a abóbada de berço, que
evoluiu para a de aresta e a de cruzeta até chegar à abóbada ogival
característica do estilo gótico. O Renascimento recuperou os valores estéticos
do passado clássico e, com eles, a abóbada.
O emprego da abóbada
como elemento arquitetônico pressupõe elevado grau de desenvolvimento das
técnicas de construção. As abóbadas se compõem de múltiplas peças que
transferem para as laterais a força vertical do peso da estrutura. Cria-se
assim um complexo jogo de forças que devem ser corretamente distribuídas entre
os pontos de apoio. A verdadeira abóbada desempenha uma função estrutural,
enquanto a falsa abóbada apoia-se em paredes e não sustenta nenhum peso.
As partes principais
de uma abóbada são:
·
Arranque - ou linha de união entre a abóbada e o muro onde se apoia.
·
Intradorso e o Extradorso - respectivamente a superfície interna e
externa da abóbada.
·
Duelas - cada uma das peças que compõem sua superfície, e o fecho, aduela
central e mais elevada.
·
Nervos - são as linhas estruturais que ligam os diversos suportes da abóbada.
·
Braçadeira - é o anel que circunda o perímetro da abóbada, com a função de
absorver forças laterais.
Resultante da junção
do tipo dos eixos, como no caso das abóbadas ogivais, onde o espinhaço é a
linha formada pela união dos pontos mais altos. As abóbadas podem ser simples
ou compostas.
Figura 6
Abóbada de aresta
Figura 7
Abóbada de cúpula
Figura 8
Abóbada de claustro
As primeiras se
formam por uma única superfície geométrica e seu tipo mais característico é a
abóbada de berço, originada por um arco semicircular prolongado ao longo de um
eixo longitudinal.
As abóbadas compostas
são resultado da intersecção de duas ou mais abóbadas simples. As mais comuns
são a abóbada de aresta, formada por duas abóbadas de berço que se cruzam de
modo a que as arestas salientes no intradorso formem um "x"; a
abóbada de cruzeta, composta por arcos que se cruzam na diagonal, seguindo a linha
das arestas, com um fecho central comum; a abóbada ogival, semelhante à
anterior, mas composta por arcos em forma de ogiva; e a abóbada de barrete de
clérigo, produto da intersecção de duas abóbadas de berço que formam um ângulo
com as arestas reentrantes no intradorso.
Existem muitos outros
tipos de abóbadas compostas, que dependem do espaço a cobrir e das propriedades
dos materiais empregados. A cúpula é uma abóbada semi-esférica que teve
desenvolvimento particular devido a sua complexidade.
No século XX, o
concreto armado, as vigas metálicas e as novas técnicas de edificação
permitiriam a execução de revolucionários projetos arquitetônicos com emprego
de abóbadas. São exemplos as cúpulas geodésicas de mercados; as conchas
acústicas de concreto destinadas a concertos musicais; e as abóbadas empenadas
de hangares.
2.2 EXEMPLOS
2.2.1 CAPELA SISTINA
Famosa pela sua
arquitetura, inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento, e sua
decoração em afrescos, pintada pelos maiores artistas da Renascença, incluindo Michelangelo,
Rafael, Bernini e Sandro Botticelli.
Baccio Pontelli foi o autor
do projeto arquitetônico para a construção da capela. Este florentino era um
dos responsáveis pela reformulação e revitalização urbanística.
As dimensões do projeto de Baccio Pontelli tiveram como inspiração as descrições contidas no Antigo Testamento relativas ao Templo de Salomão. A sua forma é retangular medindo 40,93 m de longitude, 13,41 m de largura e 20,70 m de altura.
As dimensões do projeto de Baccio Pontelli tiveram como inspiração as descrições contidas no Antigo Testamento relativas ao Templo de Salomão. A sua forma é retangular medindo 40,93 m de longitude, 13,41 m de largura e 20,70 m de altura.
Os numerosos artistas
vestiram o seu interior, esculpindo e pintando as suas paredes, transformando-a
em um estupendo e célebre lugar conhecido em todo o mundo pelas maravilhosas
obras de arte que encerra. Uma finíssima transenna de mármore, em que trabalharam Mino de Fiesole, Giovanni Dálmata e Andréa Bregno, divide a capela em duas
partes desiguais.
Os mesmos artistas levaram a
cabo a construção do coro. Internamente, as paredes,
divididas por cornijas horizontais, apresentam 3
níveis: o primeiro nível, junto ao chão em mármore - que, em alguns setores,
apresenta o característico marchetado cosmatesco - simula refinadas tapeçarias. No lado direito, próximo à transenna está o coro;
·
o
intermediário é onde figuram os afrescos narrando
os episódios da vida de Cristo e de Moisés.
A cronologia inicia-se a partir da parede do altar, onde se encontravam, antes da feitura
do Juízo Final de Michelangelo, as primeiras cenas e
um retábulo de Perugino representando a Virgem da
Assunção, a quem foi
dedicada a capela.
·
o nível
mais alto, onde estão as pilastras que
sustentam os pendentes do teto. Acima da cornija estão situadas as lunettes, entre as quais foram alocadas as
imagens dos primeiros papas.
Figura
9
Disponível em:
http://arquiteturadosagrado.blogspot.com.br/2013_07_01_archive.html
Figura 10
Disponível em:
http://arquiteturadosagrado.blogspot.com.br/2013_07_01_archive.html
2.2.2 PANTEÃO
O Panteão um templo dedicado aos Deuses Romanos e
depois da cristianização de Roma um altar cristão foi incluído na construção.
Hoje o prédio funciona como uma das igrejas mais importantes de Roma e abriga
os túmulos de italianos de altíssima importância como os antigos Reis da Itália
e o artista mundialmente reconhecido Raphael.
Construído originalmente na época greco-romana,
mais precisamente em 27 a.C. o Panteão passou por um incêndio e teve de ser
reformado entre os anos 119 e 128. Desde então o prédio se mantém o mesmo e é
um dos mais bem conservados de toda a Itália.
Figura 11
Disponível
em:
A arquitetura do Panteão em Roma foi criada
por Vitruvius e é inspirada nas inúmeras construções da época que exibiam
grandes colunas que apontam para os céus além de oferecer um interior amplo e
enorme. Suas portas de bronze, ainda originais, abrigam uma das partes mais
importantes de todo o Panteão, a cúpula.
A cúpula do Panteão é uma atração em si, com
um diâmetro do mesmo tamanho que todo o prédio ela se tornou uma das mais
famosas de todo o globo. A parte mais bela fica por conta dos detalhes
entalhados em forma de caixote que ficam ainda mais visíveis pela iluminação
que vem do óculo de mais de 8 metros em seu centro.
Figura
12
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%BApula#mediaviewer/Ficheiro:Pantheon.drawing.jpg
3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
·
CHING, Francis D. K. Dicionário visual de arquitetura. Editora Martins Fontes, São Paulo
2006. 4ª edição.
·
BARCELOS, Valdo. Livro: Ponte Pênsil. Disponível
em: http://www.engenhariacivil.com/dicionario/tag/abobada/page/2. Acessado em 04/06/2014.
·
http://jteotoniosilva.blogspot.com.br/2009/08/voce-sabe-o-que-e-panteao-bem-panteao-e.html. Acessado em 04/06/2014.
·
http://www.es.iff.edu.br/poliedros/esferas_domosgeodesios.html.
Acessado em 04/06/2014.
·
http://historiadaarte.pbworks.com/w/page/18413911/Pante%C3%A3o.
Acessado em 04/06/2014.
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