ARCOS
Pesquisa de Campo – AssociatividadeGrupo 01: Marina Serrone, Jéssica Allana, Juliana Guimarães, Caroline Lima e Giovanna Finco.
Sobre as estruturas em Arco, explique:
1. Como funcionam? Como e por que surgiram?Constituem-se de barras curvas. Os esforços solicitantes principais são as forças normais de compressão que podem agir simultaneamente ou não com momentos fletores.
De maneira simples, os arcos representam barras em formato curvo, onde a parte central é mais alta do que as extremidades. A forma da curva que define o arco é função do tipo de material a ser utilizado, da disponibilidade do mesmo e dos esforços atuantes na estrutura.
Os materiais mais utilizados atualmente na construção de arcos são o aço e o concreto protendido, já que oferecem maiores possibilidades para que se utilizem arcos com maiores vãos e também mais agradáveis esteticamente.
Em geral, os arcos estão submetidos à esforços de compressão, porém podem existir carregamentos que não correspondam ao perfil definido para o arco, ou seja, carregamentos que não causem somente esforços de compressão. Este tipo de carregamento, que faz com que surjam força cortante e momento fletor é chamado de carregamento não balanceado, que deve ser também suportado pelo arco. Quanto mais alto o arco, maior o vão, maior o peso e maiores serão as reações de apoio.
Os arcos surgiram há mais de 2.000 anos, na antiguidade dispunham de limitados materiais para fazer suas construções. Entre esses materiais tinham a madeira e a pedra. A madeira, pela sua pequena resistência e pouca durabilidade não era dos melhores materiais. As pedras apesar de difíceis de serem removidas e trabalhadas, apresentavam grande resistência a compressão e grande durabilidade. Foram desenvolvidas então, técnicas para melhor se aproveitar essas características da pedra.
Os etruscos iniciaram e depois os romanos aperfeiçoaram a construção de arcos. A partir dos arcos foi possível vencer vãos muito maiores comparados à vãos com vigas retas.
2. Quais são suas principais vantagens e desvantagens, quando comparadas a outros sistemas estruturais?
Os arcos são estruturas ideais quando tratamos de algo que receberá grandes esforços de compressão, principalmente, e isto se deve ao seu formato.
Sua maior vantagem é a possibilidade de obter grandes vãos, o que pode levar a arquitetura a aumentar suas possibilidades, pois além de coberturas também, seu uso possibilita grandes aberturas sem obstruções do espaço (principalmente quando executado em concreto protendido) e consequentemente melhor ventilação, iluminação e área livre do espaço.
Quanto às desvantagens do uso do arco temos a proporção vão x altura, pois quanto maior o vão necessário (l), maior é a altura (h) deste arco e maiores serão as reações de apoio, o que por outro lado, pode limitar o trabalho do arquiteto.
Quando comparamos os arcos a outros sistemas estruturais, notamos que em termos de esforços de compressão ele é a melhor solução, pois quanto maior forem estes esforços, maior será o travamento da estrutura, ou seja, neste caso seria a estrutura mais inteligente e na maioria das vezes a mais econômica também.
Já no caso dos chamados carregamentos não balanceados (tração, flexão e cisalhamento) muitas vezes causados pelas reações horizontais dependendo do arco, é necessário o uso de tirantes e outros elementos estruturais para auxiliar a estrutura a suportar forças que não são de seu perfil natural. Isto irá gerar custos adicionais, que devem ser comparados às outras soluções estruturais para que se escolha a melhor opção de acordo com o projeto.
1. Obras Visitadas
1.1 Igreja Metropolitana OrtodoxaA Catedral Ortodoxa de São Paulo, localizada no início da Avenida Paulista, na Rua Vergueiro, 1515, ao lado da estação Paraíso do Metrô, é uma referência na paisagem tão conhecida dos paulistanos.
A Catedral é a Sé da Arquidiocese da Igreja Católica Ortodoxa Antioquena não apenas de São Paulo, mas também de todo o Brasil. Inspirada na Basílica de Santa Sofia, em Constantinopla (Istambul), a catedral de arquitetura bizantina é um exemplo a ser apreciado em toda a América do Sul, e considerada uma das maiores catedrais ortodoxas do mundo.
O projeto iniciou-se nos anos 40, sob a supervisão do Engenheiro Taufik Camasmie, com recursos provenientes de doações, e contribuições, de diversas famílias ortodoxas de São Paulo e do interior do Brasil, devendo ser uma réplica da Basílica inspiradora, porém precisou passar por alterações em virtude das obras da construção do metrô.
Escolhido pessoalmente pelo Rei Faruk do Egito, Joseph Trabulsi, foi escolhido como um dos artistas responsáveis, juntamente com outros artistas, pela decoração da Catedral, nos anos 50 ele
pintou, com técnicas de afresco, a imponente cúpula central dourada, que abriga abóbadas centrais e mezaninos laterais, os vitrais e as telas que revestem as paredes internas.
As fileiras de colunas marmorizadas com ornamentos dourados em estilo coríntio, o iconostácio (local onde se colocam os ícones, e que separa o altar do restante da igreja), todo entalhado em mármore Carrara, e os 65 ícones, foram obras do iconógrafo russo Wladimir Krivoultz (1904 - 1972).
A Catedral Ortodoxa foi inaugurada em Janeiro de 1954, juntamente com as comemorações do IV centenário da cidade paulistana, e consagrada pelo Patriarca Elias IV, em 1958. No início do ano 2000 até 2004, a Catedral Ortodoxa passou por um longo processo de restauração, que incluiu a impermeabilização do teto, o reforço da estrutura, e a recuperação da fachada, utilizando os mesmos materiais e cores originais da época de sua construção.
As cúpulas também foram revestidas com lâminas de metal dourado, holofotes foram instalados no interior das torres e o carrilhão dos sinos foi recuperado. A segunda etapa da restauração se deu nos lustres e luminárias, na reforma do pátio, dos muros, portas e portões, e no restauro da iconografia interna, e recuperação dos afrescos originais, realizados pela iconógrafa síria Hannan Houli.
1.2 Pinacoteca do Estado de São Paulo
Ficha técnica e memorial descritivo
Localização Praça da Luz, N° 2 - Bairro da Luz - São Paulo/SP
Projeto original Arquiteto Ramos de Azevedo
Data construção 1896/1900
Uso original Liceu de Artes E Ofícios
Uso atual Pinacoteca
Tombamento Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – Condephaat
Data projeto 1993 / 1997
Data conclusão obra fevereiro de 1998
Área terreno 7.500 m2
Área construída 10.815 m2
Arquitetura Paulo A. Mendes da Rocha Arquitetos Associados S/C Ltda.
Ricoy Torres e Colonelli Consultoria e Projetos S/C Ltda.
Construído na última década do século dezenove para abrigar o Liceu de Artes e Ofícios nunca foi totalmente concluído. Já em Novembro de 1905 foram executadas as primeiras obras de adaptação, ainda sob o plano e direção do arquiteto Ramos de Azevedo, para receber a primeira coleção de quadros pertencentes ao Estado e que passaram a constituir a Pinacoteca.
A construção conservou-se sólida, sem recalques ou rachaduras. Intacta quanto ao arcabouço principal, mas os delicados perfis das cimalhas e frisos, esculpidos no mesmo tijolo de barro, apresentavam-se bem estragados. Os espaços, arquitetura dos interiores, reclamavam por uma adequação propícia diante das dimensões dos salões e das alas para abrigar, de modo decidido, o extraordinário acervo e ficar preparado, o prédio, para receber no tempo, sem transtornos, novos equipamentos complementares, prevenir para um destino bem determinado. Uma questão de arquitetura, eminentemente técnica.
Quanto aos materiais utilizados, o aço foi o principal material construtivo adotado. Está presente nas passarelas, nos elevadores, nos parapeitos, nas novas escadas, nas estruturas dos novos pisos e coberturas, nas esquadrias e nos forros. Seu uso foi devido a sua melhor adequação às condições locais de execução, sua leveza (material e desenho) e por estabelecer um diálogo interessante e desejável com a construção original, entre o novo e o antigo.
ok, nota 2
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