sábado, 15 de março de 2014


Sobre estruturas em arco, explique:
- Como funcionam?                                                                                            
- Porque e como surgiram?
- O que pode levar um arco a ruina?

O arco emoldura a parte superior de um vão transportando o peso da construção para os pilares de suporte e para os lados (impulso lateral e diagonal) permitindo a abertura de vãos maiores.
Geralmente em alvenaria, o arco é composto por blocos colocados lado a lado que se travam uns aos outros pela força de compressão, o bloco situado no vértice do arco, a maçaneta, é o ultimo elemento a ser colocado, este permitirá que a estrutura se trave e a forma se mantenha.
Até a colocação deste ultimo elemento é usada uma armação provisória de madeira ou metal, o cimbre, esse molde será a curva interior do arco e o que permitirá que as aduelas (peças em bloco) tenham apoio até a consolidação à chave.

O uso do arco surgiu com a civilização da antiguidade embora o antigo Egito, a Babilônia e a Grécia o tenham restrito a construção no subsolo, em estruturas de drenagem e abóbadas.  Por outro lado a sua arquitetura exterior é sobre tudo caracterizada por uma tipologia onde se conjuga o uso da coluna e viga horizontal, o sistema pilar-viga. Mais tarde os romanos, responsáveis pela utilização do arco em grande escala alcançaram maiores vãos que possibilitam a construção de edifícios de dimensões monumentais. É nesta altura que se propaga o arco de volta perfeita, semi-circular e assentado em pilares, o que será também uma das características do estilo Românico e do Renascimento.

Por altura do estilo Gótico difunde-se um novo gênero de arco que se crê já ter sido anteriormente utilizado pelos assírios, o arco quebrado mais conhecido como arco ogival. Este arco é composto por quatro seguimentos de circunferência com centros distintos dando lugar a uma forma cristalina dando maior força à estrutura e possibilita vãos ainda mais altos e mais luminosidade às catedrais.
Também na arquitetura islâmica é comum o uso do arco especialmente por motivações decorativas onde sobressai o arco de ferradura. Mais a Oriente, a China usava já desde dinastias antigas o arco aplicado à construção de pontes. Ao longo do tempo vão sendo adaptadas e fundidas diversas tipologias formais do arco nos diversos movimentos ecléticos da arquitetura.

A ruptura do sistema em arco pode ocorrer caso cálculos mal efetuados façam com que sua estrutura se rompa após a remoção de seu suporte ou devido sua interação solo-fundação mal projetada.

Foram visitadas duas obras que possuem arcos em sua estrutura:

Estação da Luz
Inauguração: 1867
 
Estrutura metálica de ferro fundido, trazidas por navios Ingleses no séc. XIX montada por meio de peças pré-moldadas.  
 
A estação da luz tinha como objetivo sediar a recém-criada Cia Paulista de trens da São Paulo Railway (SPR) de origem britânica.


Mercado Municipal de São Paulo
Inauguração: 1932

 
 
Na estrutura do edifício, cujo pé-direito chega a atingir 16 metros, foi usado concreto armado, material que começava a se popularizar em São Paulo. A composição da fachada é marcada por uma série de arcos com o brasão da cidade de São Paulo, sendo que apenas na Rua da Cantareira há cúpulas revestidas de bronze.


Grupo:
Anderson França
Camila Gomes
Francyelle Nerva
Kristie Yuka
Mercia Cavallo
Rodrigo Pessoa

Um comentário:

  1. Nota (2-0,5) para alunos presentes nas fotos, (1,8-0,5) para ausentes
    Desconto de 0,5 pela falta das referências de pesquisa

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