Equipe:
Caroline Ianni
Debora Herculin
Gabrielle Souza
Taís Cruz
01.
Questões Respondidas:
A. Como funcionam as estruturas em
arco? Como surgiram e por quê?
Os
arcos foram introduzidos na arquitetura pelos romanos e, até hoje são
considerados uma das mais significativas invenções para a arquitetura, tanto pelo
seu desempenho estrutural quanto pelas possibilidades criativas da forma.
Os
romanos foram pioneiros na construção de grandes obras, com alturas e vãos ousados
para a época, para que isso fosse possível, foram usados arcos, cúpulas e
abóbadas. Como os materiais que eram usados eram menos resistentes que os
existentes hoje, (usava-se pedras, argilas, alvenaria e madeira) não tinham
resistência à flexão nas peças planas, então o arco foi criado para vencer as
limitações dos materiais da época, alterando a forma das peças para reduzir a
flexão e possibilitando a construção de inúmeras obras grandiosas.
O
arco funciona porque sua forma geométrica, uma curva no sentido oposto ao
sentido do esforço, anula ou reduz a flexão que deformaria uma peça plana,
distribuindo a carga de uma maneira que a peça passa a sofrer apenas
compressão.
B. O que pode levar um arco à ruína?
Os arcos podem
apresentar deformações decorrentes da flambagem, como são estruturas que sofrem
esforços de compressão e tem a seção transversal relativamente pequena em
relação ao comprimento, são vulneráveis ao efeito de flambagem.
Outro
fator que pode abalar a estrutura dos arcos é o afastamento dos apoios, este distanciamento
é uma deformação que pode ser causada pela força horizontal dos arcos, que
empurram os apoios para sentidos opostos, afastando-os. Este movimento pode
causar fissuras e outras patologias dos materiais utilizados tanto nos apoios
quanto no próprio arco, além de aumentar ainda o esforço horizontal, pois reduz
a flecha do arco. Este tipo de deformação é comum em grandes igrejas e pode
resultar na abertura das juntas do arco até o rompimento.
Cargas
concentradas mais elevadas que os limites suportados pelo arco, também podem
levar o arco à ruína, técnicas como o uso de articulações, aumentam a
flexibilidade e a localização das rótulas é importante para aumentar o valor da
carga limite ou de colapso do arco.
Muitas
estruturas em arco apresentam deformabilidade localizada nas juntas, o que pode
ser causado pela redução da compressão entre os segmentos que formam o arco e,
como os arcos não sofrem tração e não tem resistência a ela, quando esta
compressão falha, surgem aberturas e fissuras nas juntas, isso pode ocorrer com
distanciamento dos apoios, e a instabilidade do solo, etc.
02.
Obra visitadas:
Catedral da Sé
Localização:
Praça da Sé, Centro, São Paulo / SP
Arquiteto:
Maximilian Emil Hehl
Obra
Iniciada: 1912
Obra
Finalizada: 25 de Janeiro de 1954 (sem as duas torres principais)
Estilo:
Neogótico
A Catedral da Sé
é a maior Igreja de São Paulo, com 111m de comprimento, 46m de largura, torres
com 92m de altura cada, cúpula com altura de 65m e tem capacidade para oito mil
pessoas. Foi utilizado granito na maioria das paredes e cerca de 800 toneladas
de mármore raros. Os mosaicos dos vitrais, as esculturas e o mobiliário que se
encontram no local foram trazidos da Itália.
Fotos
autorais.
Os
materiais utilizados na estrutura são o concreto simples, o concreto armado, a
alvenaria de tijolos maciços de barro cozido e a de granito.
Grandes
capitéis decorados unem as seções do arco e do pilar. A maioria dos arcos da
igreja apresentam seção parcialmente trapezoidal, como se pode verificar no
local, alguns poucos arcos possuem seção retangular.
Na
catedral existem inúmeros arcos ogivais com abóbadas de aresta, como mostram as
imagens abaixo:
Fotos autorais
Do
lado externo, pode-se ver o arco botante, que reforça os arcos internos para
que estes não se deformem por conta da altura e peso da estrutura.
Foto autoral.
Entre
2001 e 2002, a Catedral da Sé passou por um processo de restauração.
Hospital-Escola
Júlio de Mesquita Filho
Localização:
Barra Funda – São Paulo / SP
Arquiteto:
Fábio Penteado / Eduardo Almeida
Obra
Iniciada: 1968
Estilo:
Moderno
Projetado
e construído para funcionar um hospital, a obra nunca foi utilizada como sua
função original. A obra foi interrompida e continuada várias vezes e, hoje
funciona como o “Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães”.
Inicialmente,
o projeto foi pensado para ser um Hospital escola de 800 leitos para atender a
pessoas mais necessitadas, idealizado pela Santa Casa de Misericórdia, que
matinha suas atividades por meio de doações.
O
Terreno utilizado para a construção possui 67.000m² e já pertencia a entidade e
estava para ser perdido para a prefeitura, caso não fosse utilizado, então
surgiu a ideia do Hospital- Escola.
O
hospital foi projetado com base na horizontalidade, em 10.000 m² distribuídos em
três pavimentos. Além do hospital foi projetado dentro do mesmo terreno, o
“Parque da Saúde”, uma área verde com opções de lazer.
Fonte: Fábio Penteado: Ensaios de arquitetura – São Paulo, Empresa das Artes, 1998.
O
setor educacional tinha como objetivo formar médicos e profissionais de nível
médio para atuar e utilizar o hospital como ferramenta de aprendizado.
Os
vários arcos que vencem os vãos da fachada atuam em conjunto e os apoios dos
cantos são maiores, pois recebem os esforços horizontais de duas direções. O
formato de cada arco varia, podendo se alongar para se adaptar aos desníveis do
terreno. Os arcos hiperestáticos vencem
vãos de até 68m e não possuem juntas de dilatação.
Foto autoral.
Foto autoral.
Nas
imagens abaixo, o edifício hoje funciona como Fórum Criminal:
Fotos
da equipe nos locais das visitas:
Bibliografia e
Referências:
Livro:
FÁBIO PENTEADO: ENSAIOS DE ARQUITETURA – São Paulo , Empresa das Artes, 1998
A PRAÇA É
O POVO. A ARQUITETURA DE FÁBIO PENTEADO.
Disponível em :
<http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=268936>. Acesso em: 15 de março de
2014.
ARQUITETURA DE INTEGRAÇÃO
Disponível em : http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/105/arquitetura-de-integracao-23836-1.aspx
- Acesso em: 15 de março de 2014.
HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO
Disponível
em: http://pt.slideshare.net/mackenzista2/catedral-da-s-a-histria-da-construo
. Acesso em: 14 de março de 2014.
Nota 2,0
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