quarta-feira, 30 de abril de 2014
domingo, 27 de abril de 2014
Vigas Vagão
Grupo:
Anderson França
Camila Gomes
Francyelle Nerva
Kristie Yuka
Mercia Cavallo
Rodrigo Pessoa
Thiago Gonçalves
Vigas Vagão
Estruturas vagonadas são sistemas estruturais
constituídos por barras e tirantes dispostos de maneira a reduzir esforços e deformações associados à
flexão. Este sistema é
formado por uma viga
principal com seção retangular e um ou dois montantes vinculados a tirantes
fixados nas extremidades da peça, passando pela parte inferior dos montantes. Esta é uma interessante opção para uso em sustentação de fôrmas para concreto, pois resulta em um sistema
leve, de fácil manuseio, boa rigidez e de boa capacidade mecânica.
A
viga vagão pode ter um ou mais montantes e conforme
aumenta o número de montantes
também variam a
forma do cabo. Com um único montante a forma do cabo é triangular, com dois é
um trapézio, tendendo no limite à forma de uma parábola.
No
caso de um único montante a viga vagão confunde-se com uma treliça com barra tracionada composta por cabos.
Por ter
as barras dispostas em triângulos
(figura
mais estável), pode ter todos os seus nós articulados, o que leva a ocorrer nas
barras apenas esforços de tração e compressão axiais. A configuração das barras
das treliças torna
a viga mais rígida
que a viga vagão de mesmos vão e altura.
Muitas
vezes as diagonais das treliças podem se tornar indesejáveis por obstruírem a
passagem. A retirada das diagonais resulta na perda da forma rígida
do triângulo,
neste caso,
para manter
a estabilidade
do conjunto, é necessário criar alternativas para manter as formas não mais
triangulares indeformáveis,
para
isso, é necessário enrijecer os nós da barra. Essa nova composição estrutural
denomina-se viga
Vierendeel, nome de seu inventor.
Os princípios básicos das estruturas vagonadas vêm sendo utilizados na construção civil desde o final do século XVIII com a execução das primeiras pontes e viadutos em ferro fundido na Europa. As primeiras pontes a utilizarem estes princípios são as lenticulares, formadas por grandes treliças em formato próximo ao elipsoidal, com barras suportadas por tirantes através de diagonais e montantes.
O viaduto Gauntless no Reino Unido é a obra sobrevivente em ferro mais
antiga do mundo (Delony, 1996), é um exemplo onde é claro o uso dos conceitos
de vagonamento. A ponte Royal Albert no Reino Unido é outro exemplo de ponte lenticular do
século XIX onde a viga principal tubular é suportada por cabos catenários
através de montantes e diagonais. Uma das primeiras pontes em ferro construídas
no Brasil, a ponte Paraíba do Sul em São Paulo (1857), é uma estrutura vagonada
com elementos principais treliçados.
Fragmento do Viaduto Gauntless projetado
por George Stephenson, 1825
|
Ponte Royal Albert, projetada por Isambard Kingdom Brunel, 1859 – Cornwall UK |
Ponte Paraíba do Sul, 1857 – São Paulo |
As
estruturas vagonadas são bastante utilizadas na arquitetura contemporânea,
devido o seu potencial de leveza visual e viabilidade econômica. As aplicações
são numerosas e diversificadas, podendo ser utilizadas em pontes, fachadas,
cobertas, pisos e até em pilares.
Um exemplo
contemporâneo é a ponte Metro West no Liffey Valley na Irlanda.
O vagonamento pode ser concebido e
executado virtualmente em qualquer material estrutural, mas o aço é um dos
materiais mais adequados por sua maior flexibilidade e maior adequabilidade aos
esforços envolvidos, especialmente nos tirantes.
Ponte Metro West no Liffey Valley projetada por Explorations architecture e Buro Happold engineering, 2009 - Irlanda |
Bibliografia
http://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/05-Construmetal2012-estruturas-vagonadas-em-aco.pdf
http://estruturasdemadeira.blogspot.com.br/2007/04/armstrong-spallumchem-arena-vigas-vago.html
http://www.structurae.de/
http://www.dezeen.com/
http://grimshaw-architects.com/
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Vigas Vagão
Equipe:
Caroline Ianni
Debora Herculin
Gabrielle Souza
Taís Cruz
VIGAS VAGÃO
As vigas
vagão são usadas em obras de arquitetura desde antes do séc. XX, porém passaram
a ser mais frequentes com a arquitetura “High-Tech”, tendência nos anos 70, que
possuía visual futurista e tendia a deixar expostos os elementos técnicos das
edificações, inclusive estruturas metálicas e elementos tensionados, como os
cabos que compõem as vigas vagão.
Embora não
seja a melhor solução do ponto de vista estético, as vigas vagão passam uma
sensação de leveza e são economicamente viáveis.
Esta associação entre vigas de
alma cheia e cabos de aço é uma solução para vencer maiores vãos mantendo a
menor dimensão da viga. O sistema é composto por uma viga contínua apoiada por
montantes e cabos, conforme imagem abaixo:
As vigas vagão podem ser confundidas
com as vigas treliçadas, o que as diferencia são as peças diagonais dispostas
junto aos montantes, que formam as treliças, mas não existem nas vigas vagão.
O funcionamento do sistema é
muito interessante, os montantes apoiam a viga, que se comporta como uma viga
contínua com apoios, isto é o que reduz o vão a ser vencido e permite que esta viga
tenha menores dimensões. Os montantes estão apoiados no cabo de aço, que
sustenta o sistema.
O empuxo provocado pelo cabo de
aço tensionado é absorvido pela própria viga, por isso esta deve ser feita de
um material resistente à compressão, podendo ser de concreto, madeira ou o
próprio aço.
A quantidade de montantes pode
variar de acordo com a necessidade da obra e altera o formato dos cabos, com um
único montante o formato é um triângulo, com dois, o resultado é um trapézio,
como mostram as figuras abaixo:
Tipos básicos de viga vagão: com
um e dois montantes. Fonte: Gesualdo e Lima (2004)
Fonte: http://www.ppgec.feciv.ufu.br/
Comparada com uma viga convencional,
as vigas vagão suprem de maneira muito eficaz as necessidades de absorção de
forças de tração e compressão requeridas e reduz os momentos fletores.
As vigas vagão podem ser
aplicadas na arquitetura de diversas maneiras, como em pontes e viadutos,
coberturas, fachadas, etc.
1. Casa Eucaliptus e Casa Grelha
Quando
imaginamos uma estrutura como a viga vagão, logo relacionamos com pontes e
obras grandiosas, principalmente por se tratar de uma estrutura que fica mais
aparente do que a viga convencional. Porém ela pode ser utilizada com muita
eficácia em obras residenciais como é o caso da Casa Eucaliptus e Casa grelha.
Obra
do arquiteto Andre Eisenlohr, a Casa Eucaliptus fica localizada em Campos do
Jordão em um terreno de declive acentuado e foi concluída em 2008.
Fonte: http://pro.casa.abril.com.br/
Vencedora do prêmio Planeta
Casa 2009 - Casa Cláudia, foi construída com o cuidado de ser sustentável e
ecologicamente correta. Técnicas construtivas foram cuidadosamente planejadas
para atender esse requisito, além do aproveitamento de 95% dos resíduos de
obra.
Fonte: http://pro.casa.abril.com.br/
Tendo
como o principal material a madeira, esta foram escolhidas de reflorestamento
ou de manejo sustentável, dentre as utilizadas estão o pinus para revestimento,
eucalipto para pilares e jatobá e garapeira para as vigas.
Pilares de Eucalipto e
cabos de aço para evitar o contraventamento.
Fonte: http://pro.casa.abril.com.br/
A residência, de
pavimento único, possui 50m² e foi projetada para um casal. Tendo em vista o
tamanho reduzido da construção, o aproveitamento da área precisava ser
aproveitado da melhor forma, com o mínimo de interrupção de divisórias, pilares
e paredes, para promover a sensação de amplitude no espaço.
Planta, Elevação
e Corte.
Fonte: http://pro.casa.abril.com.br/
Para vencer o
vão de 7m sem a interrupção de um pilar central, foi utilizada a viga vagão
para sustentar a cobertura, garantindo que não sofram deformações futuras, já
que o sistema permite regulagem caso seja necessário.
Vigas vagão antes
de serem carregadas com a cobertura. Fonte: http://andreeisenlohr.blogspot.com.br/
Fonte: http://pro.casa.abril.com.br/
A viga de
madeira, é acompanhada por um montante e cabos de aço de 5/16’ com esticadores
nas extremidades, formando um triângulo.
Os pilares que
sustentam a viga são inclinados para ajudar na sensação de amplitude. Para que
eles possam ficar nessa posição, são conectados à peças metálicas que os ligam
com as sapatas, deixando o pilar fora da umidade do solo.
Fonte: http://pro.casa.abril.com.br/
Conectores
metálicos. Fonte: http://andreeisenlohr.blogspot.com.br/2009/10/casa-eucaliptus.html
O sistema
utilizado, ficou mesclado com o estilo rústico da residência. A estrutura em
madeira ficou praticamente imperceptível e é um exemplo de como a viga vagão,
considerada não atraente do ponto de vista estético, pode compor não somente a
estrutura, mas fazendo parte da decoração e estilo arquitetônico.
Delicadeza da
estrutura no ambiente inteior.
Fonte: http://andreeisenlohr.blogspot.com.br/2009/10/casa-eucaliptus.html
Outro exemplo de
residência que utiliza o sistema de viga vagão é a Casa Grelha, projetada pelos arquitetos FGMF - Fernando Forte,
Lourenço Gimenes, Rodrigo Marcondes Ferraz.
Fonte: http://vitruvius.com.br/
Possuindo
3123 m² de área construída, a casa grelha se estende por um terreno bastante irregular.
Com a missão de projetar uma casa térrea de relação íntima com a natureza, onde
o terreno apresenta grande umidade, os arquitetos decidiram criar uma estrutura
elevada do solo, com uma grelha estrutural em madeira com módulos de 5,5×5,5x3m
onde é ocupada com ambientes fechados em alguns pontos e em outros apenas
continua e é ocupado pelas árvores que sobem do jardim inferior, criando um
jogo de cheios e vazios.
Planta Térreo. Fonte: http://vitruvius.com.br/
Cortes
longitudinal e transversal. Fonte: http://vitruvius.com.br/
Para evitar
contínuos pilares nos 2000m² de projeção da estrutura, são utilizadas vigas
vagão de aço corten a cada 2 módulos (11m de comprimento) ligadas à 3 cabos de
aço até o montante de aço. Nas laterais, a grelha de madeira é engastada nos
dois pontos do morro.
Vãos de 11m criados pela
viga vagão.
Fonte: http://archtendencias.com.br/arquitetura/casa-grelha-fgmf-arquitetos
Detalhe da
ancoragem do cabo de aço e conexão da viga com o pilar.
Fonte: http://karmatrendz.wordpress.com/2009/07/25/grid-house-by-forte-gimenes-marcondes-ferraz-arquitetos/grid_house_29/
Detalhes do pilar
em concreto e as vigas vagão com cabos de aço.
Fonte: http://vitruvius.com.br/
2. Arena Armstrong
A arena se localiza em Armstrong no Canadá, foi construída
pelo engenheiro Graham Edmunds Cartier e pelos escritórios de arquitetura Prime
Consultant e C.E.I Architecture. A execução demorou 18 meses, com total de área
construída de 2.442,00m².
Fonte: http://estruturasdemadeira.blogspot.com.br/2007/04/armstrong-spallumchem-arena-vigas-vago.html
A estrutura da cobertura foi feita com vigas vagão levemente
curvas, os cabos tencionados são duplos, com 35mm de diâmetro e possibilitaram
vencer o vão de cerca de 30m sem que houvesse necessidade de aumentar a seção
transversal de 20x75cm das vigas.
As vigas curvas foram
feitas em madeira laminada e colada e a obra é um exemplo do desempenho da
madeira como material estrutural. Para vencer o vão, foram utilizados 2
montantes em “V”. Nos cortes, é possível ver o sistema completo e observar os
detalhes de fixação das vigas e cabos:
Fonte: http://estruturasdemadeira.blogspot.com.br/2007/04/armstrong-spallumchem-arena-vigas-vago.html
Nas imagens abaixo pode-se ver os detalhes dos cabos de aço
duplos e sua ligação com os montantes em “V”:
A arena ainda em construção:
Fonte:
http://estruturasdemadeira.blogspot.com.br/2007/04/armstrong-spallumchem-arena-vigas-vago.html
03. SEBRAE
O edifício da sede da SEBRAE
construído em 2010 em Brasília, possui cerca de 25.000m² de área construída. Os
responsáveis pelo projeto procuraram trazer para o edifício integração da
paisagem para dentro dos escritórios, flexibilidade para a organização de
layout do escritório, iluminação natural e circulação dos ventos, desse modo o
edifício se torna econômico e sustentável. Também foi levado em consideração
para o partido arquitetônico, as construções de Brasília e a topografia do
terreno do edifício.
Fonte: http://www.archdaily.com.br
O edifício possui elementos modernos, como pilotis, brise soleil, fachadas abertas e empenas.
Fonte: http://www.archdaily.com.br
Grande parte da obra foi
construída em concreto, vidro e metais. As duas empenas do edifício são em
concreto moldado in loco. O restante da estrutura é modulada em 9X7.5m.
Por conta da topografia do
terreno foram construídos dois pavimentos térreos, estes dois pavimentos e o
subsolo são de concreto moldado in loco com lajes protendidas apoiadas
diretamente nos pilares e providas de capitéis.
Nos pavimentos superiores, onde
estão localizados os escritórios, foram estruturados em duas treliças
longitudinais de aço, com espaçamento de 18 metros entre elas, solidarizadas
por pórticos transversais com modulação de 7.5 metros. Essas treliças são
apoiadas sobre pilares de concretos que vem dos pavimentos inferiores, com
lajes moldadas sobre pré lajes, compondo um sistema estrutural misto e
solidário.
Fonte: www.archdaily.com.br
No pátio do edifício existe uma cobertura
de vidro, essa cobertura é estruturada por duas vigas vagão de 3.60metros de
altura, elas vencem um vão de 36 metros. A cobertura também conta com um
vigamento secundário em aço.
Corte transversal
Fonte: http://vitruvius.com.br/
Corte longitudinal
Fonte: http://vitruvius.com.br/
Implantação
Fonte
imagem6: http://vitruvius.com.br/
Bibliografia e Referências:
Rebello, Yopanan C.P. –A Concepção estrutural e a Arquitetura –
Rebello, Yopanan C.P.
Editora Zigurate, 2000.
Site “Metálica”:
http://www.metalica.com.br/geometria-dos-elementos-estruturais
- Acessado em 24/04/2014.
http://www.metalica.com.br/estruturas-vagonadas-em-aco
- Acessado em 24/04/2014.
Site “Coisas da Arquitetura”:
http://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2013/02/23/high-tech/
- Acessado em 24/04/2014.
Site – Madeira Lamelada
http://estruturasdemadeira.blogspot.com.br/2007/04/armstrong-spallumchem-arena-vigas-vago.html
- Acessado em 24/04/2014.
Site – Madeira Estrutural
http://madeiraestrutural.wordpress.com/2009/10/18/armstrong-arena/
- Acessado em 24/04/2014.
Site – Archdaily
http://www.archdaily.com.br/br/01-402/sede-do-sebrae/1301509989-img-5345/
- Acessado em 25/04/2014.
http://www.archdaily.com.br/br/01-24762/casa-eucaliptus-andre-eisenlohr - Acessado em 23/04/2014
http://www.archdaily.com.br/br/01-18458/casa-grelha-fgmf - Acessado em 23/04/2014
Site – Arcoweb
http://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/alvaro-puntoni-luciano-margotto-soares-joao-sodre-jonathan-davies-sede-sebrae-18-05-2011
- Acessado em 25/04/2014.
Site – Vitruvius
http://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/08.089/2891?page=3 – Acessado em 25/04/2014.
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/08.092/2918 - Acessado em 23/04/2014
http://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.131/4072?page=3 - Acessado em 23/04/2014
Site - Casa Pro
http://pro.casa.abril.com.br/photo/albums/casa-eucaliptus - Acessado em 23/04/2014
Site Cabana Arquitetos
http://andreeisenlohr.blogspot.com.br/2009/10/casa-eucaliptus.html - Acessado em 23/04/2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
UNIVERSIDADE QUE LÊ - CAPÍTULO 15 - TENDAS E ESTRUTURAS INFLÁVEIS
Livro: Por Que os Edifícios ficam de Pé - Mário Salvadori
Capítulo 15 - Tendas e Estruturas Infláveis
Capítulo 15 - Tendas e Estruturas Infláveis
Grupo
Anderson França
Camila Gomes
Francyelle Nerva
Kristie Yuka
Mercia Cavallo
Rodrigo Pessoa
Thiago Gonçalves
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Por Que os Edifícios ficam de Pé - O Céu Suspenso
Livro: Por Que os Edifícios ficam de Pé - Mário Salvadori
Capítulo 16 - O Céu Suspenso
Debora Herculin
Capítulo 16 - O Céu Suspenso
Debora Herculin
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