domingo, 27 de abril de 2014

Vigas Vagão

Grupo:
Anderson França
Camila Gomes
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Kristie Yuka
Mercia Cavallo
Rodrigo Pessoa
Thiago Gonçalves

Vigas Vagão

Estruturas vagonadas são sistemas estruturais constituídos por barras e tirantes dispostos de maneira a reduzir esforços e deformações associados à flexão. Este sistema é formado por uma viga principal com seção retangular e um ou dois montantes vinculados a tirantes fixados nas extremidades da peça, passando pela parte inferior dos montantes. Esta é uma interessante opção para uso em sustentação de fôrmas para concreto, pois resulta em um sistema leve, de fácil manuseio, boa rigidez e de boa capacidade mecânica. 
A viga vagão pode ter um ou mais montantes e conforme aumenta o número de montantes também variam a forma do cabo. Com um único montante a forma do cabo é triangular, com dois é um trapézio, tendendo no limite à forma de uma parábola.


No caso de um único montante a viga vagão confunde-se com uma treliça com barra tracionada composta por cabos. Por ter as barras dispostas em triângulos (figura mais estável), pode ter todos os seus nós articulados, o que leva a ocorrer nas barras apenas esforços de tração e compressão axiais. A configuração das barras das treliças torna a viga mais rígida que a viga vagão de mesmos vão e altura.


Muitas vezes as diagonais das treliças podem se tornar indesejáveis por obstruírem a passagem. A retirada das diagonais resulta na perda da forma rígida do triângulo, neste caso, para manter a estabilidade do conjunto, é necessário criar alternativas para manter as formas não mais triangulares indeformáveis, para isso, é necessário enrijecer os nós da barra. Essa nova composição estrutural denomina-se viga Vierendeel, nome de seu inventor.


História das Estruturas Vagonadas

Os princípios básicos das estruturas vagonadas vêm sendo utilizados na construção civil desde o final do século XVIII com a execução das primeiras pontes e viadutos em ferro fundido na Europa. As primeiras pontes a utilizarem estes princípios são as lenticulares, formadas por grandes treliças em formato próximo ao elipsoidal, com barras suportadas por tirantes através de diagonais e montantes. 

O viaduto Gauntless no Reino Unido é a obra sobrevivente em ferro mais antiga do mundo (Delony, 1996), é um exemplo onde é claro o uso dos conceitos de vagonamento. A ponte Royal Albert no Reino Unido  é outro exemplo de ponte lenticular do século XIX onde a viga principal tubular é suportada por cabos catenários através de montantes e diagonais. Uma das primeiras pontes em ferro construídas no Brasil, a ponte Paraíba do Sul em São Paulo (1857), é uma estrutura vagonada com elementos principais treliçados. 

Fragmento do Viaduto Gauntless projetado por George Stephenson, 1825  

Ponte Royal Albert, projetada por Isambard Kingdom Brunel, 1859 – Cornwall UK 

Ponte Paraíba do Sul, 1857 – São Paulo 

As estruturas vagonadas são bastante utilizadas na arquitetura contemporânea, devido o seu potencial de leveza visual e viabilidade econômica. As aplicações são numerosas e diversificadas, podendo ser utilizadas em pontes, fachadas, cobertas, pisos e até em pilares. Um exemplo contemporâneo é a ponte Metro West no Liffey Valley na Irlanda.

O vagonamento pode ser concebido e executado virtualmente em qualquer material estrutural, mas o aço é um dos materiais mais adequados por sua maior flexibilidade e maior adequabilidade aos esforços envolvidos, especialmente nos tirantes. 

Ponte Metro West no Liffey Valley projetada por Explorations architecture e Buro Happold engineering, 2009 - Irlanda 
Bibliografia

http://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/05-Construmetal2012-estruturas-vagonadas-em-aco.pdf
http://estruturasdemadeira.blogspot.com.br/2007/04/armstrong-spallumchem-arena-vigas-vago.html
http://www.structurae.de/
http://www.dezeen.com/
http://grimshaw-architects.com/





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