Grupo:
Anderson França
Camila Gomes
Francyelle Nerva
Kristie Yuka
Mercia Cavallo
Rodrigo Pessoa
Thiago Gonçalves
Vigas Vagão
Estruturas vagonadas são sistemas estruturais
constituídos por barras e tirantes dispostos de maneira a reduzir esforços e deformações associados à
flexão. Este sistema é
formado por uma viga
principal com seção retangular e um ou dois montantes vinculados a tirantes
fixados nas extremidades da peça, passando pela parte inferior dos montantes. Esta é uma interessante opção para uso em sustentação de fôrmas para concreto, pois resulta em um sistema
leve, de fácil manuseio, boa rigidez e de boa capacidade mecânica.
A
viga vagão pode ter um ou mais montantes e conforme
aumenta o número de montantes
também variam a
forma do cabo. Com um único montante a forma do cabo é triangular, com dois é
um trapézio, tendendo no limite à forma de uma parábola.
No
caso de um único montante a viga vagão confunde-se com uma treliça com barra tracionada composta por cabos.
Por ter
as barras dispostas em triângulos
(figura
mais estável), pode ter todos os seus nós articulados, o que leva a ocorrer nas
barras apenas esforços de tração e compressão axiais. A configuração das barras
das treliças torna
a viga mais rígida
que a viga vagão de mesmos vão e altura.
Muitas
vezes as diagonais das treliças podem se tornar indesejáveis por obstruírem a
passagem. A retirada das diagonais resulta na perda da forma rígida
do triângulo,
neste caso,
para manter
a estabilidade
do conjunto, é necessário criar alternativas para manter as formas não mais
triangulares indeformáveis,
para
isso, é necessário enrijecer os nós da barra. Essa nova composição estrutural
denomina-se viga
Vierendeel, nome de seu inventor.
Os princípios básicos das estruturas vagonadas vêm sendo utilizados na construção civil desde o final do século XVIII com a execução das primeiras pontes e viadutos em ferro fundido na Europa. As primeiras pontes a utilizarem estes princípios são as lenticulares, formadas por grandes treliças em formato próximo ao elipsoidal, com barras suportadas por tirantes através de diagonais e montantes.
O viaduto Gauntless no Reino Unido é a obra sobrevivente em ferro mais
antiga do mundo (Delony, 1996), é um exemplo onde é claro o uso dos conceitos
de vagonamento. A ponte Royal Albert no Reino Unido é outro exemplo de ponte lenticular do
século XIX onde a viga principal tubular é suportada por cabos catenários
através de montantes e diagonais. Uma das primeiras pontes em ferro construídas
no Brasil, a ponte Paraíba do Sul em São Paulo (1857), é uma estrutura vagonada
com elementos principais treliçados.
Fragmento do Viaduto Gauntless projetado
por George Stephenson, 1825
|
Ponte Royal Albert, projetada por Isambard Kingdom Brunel, 1859 – Cornwall UK |
Ponte Paraíba do Sul, 1857 – São Paulo |
As
estruturas vagonadas são bastante utilizadas na arquitetura contemporânea,
devido o seu potencial de leveza visual e viabilidade econômica. As aplicações
são numerosas e diversificadas, podendo ser utilizadas em pontes, fachadas,
cobertas, pisos e até em pilares.
Um exemplo
contemporâneo é a ponte Metro West no Liffey Valley na Irlanda.
O vagonamento pode ser concebido e
executado virtualmente em qualquer material estrutural, mas o aço é um dos
materiais mais adequados por sua maior flexibilidade e maior adequabilidade aos
esforços envolvidos, especialmente nos tirantes.
Ponte Metro West no Liffey Valley projetada por Explorations architecture e Buro Happold engineering, 2009 - Irlanda |
Bibliografia
http://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/05-Construmetal2012-estruturas-vagonadas-em-aco.pdf
http://estruturasdemadeira.blogspot.com.br/2007/04/armstrong-spallumchem-arena-vigas-vago.html
http://www.structurae.de/
http://www.dezeen.com/
http://grimshaw-architects.com/
Conceituação fraca: - 0,3
ResponderExcluirNota: 1,7