terça-feira, 6 de maio de 2014



Vigas Vagão – Sistemas Estruturais – Grandes Vãos

Fellipe Nunes Miguel
Jéssica de Oliveira Alves        
Rafael Campos de Queiroz      
William Mantovani



As estruturas vagonadas são bastante utilizadas na arquitetura contemporânea devido o seu potencial de leveza visual e viabilidade econômica. As aplicações são numerosas e diversificadas, podendo ser utilizadas em pontes, fachadas, cobertas, pisos e até em pilares” (Charleson, 2005).
As estruturas vagonadas são constituídas por tirantes e barras dispostas de maneira a reduzir esforços e deformações associadas a flexão. Essas estruturas vem sendo utilizadas desde o final do séc XVIII com a execução das primeiras pontes de ferro fundido na Europa.
São exemplos de construções que utilizaram esse tipo de estrutura, o viaduto Gauntless no Reino Unido, de 1825, e a ponte Royal Albert, também no Reino Unido, datada de 1859.
O sistema estrutural é formado por uma viga principal com seção retangular, montantes e cabos. O nome viga vagão dá-se devido a ter sido utilizada durante muito tempo para sustentação de vagões de trens.



A viga vagão pode ter um ou mais montantes; conforme aumenta o número de montantes, varia a forma do cabo. Com um único montante a forma do cabo é triangular, com dois é um trapézio, tendendo no limite à forma de uma parábola.



           
Um dos exemplos mais conhecidos de uso do conceito de estruturas vagonadas, embora com trechos treliçados, são as pirâmides do Museu do Louvre em Paris, construídas em 1989 e projetadas pelo arquiteto I. M. Pei com a colaboração do engenheiro Peter Rice (Brown, 2001). Outro exemplo do final do século XX é a estrutura das fachadas bioclimáticas na La Villete City for Science and Industry em Paris, construídas em 1981 e projetadas pelo arquiteto Adrien Fainsilber também com a colaboração do engenheiro Peter Rice











A pirâmide de vidro projetada em 1989 pelo arquiteto sino americano Ieoh Ming Pei para cobrir o vestíbulo do Museu do Louvre representa o ponto inicial do eixo Louvre-La Defense. Com 21,5 metros de altura e 35 metros de lado, o poliedro de base quadrada, fechado por 612 painéis losangulares de vidro, impressiona pela transparência.
Cada uma das quatro faces envidraçadas da pirâmide é composta por uma espécie de grelha que se apóia nos cantos. A "grelha" é formada por 32 treliças (16 em cada direção), dispostas paralelas às arestas superiores da pirâmide. Os esforços de flexão são os menos desejados nas barras, sob qualquer carregamento, pois exigem dimensões maiores das seções.
Uma forma simples de diminuir e até evitar esses esforços é atirantar a barra transformando-a num elemento estrutural denominado barra armada ou viga-vagão. Dessa forma, passam a predominar os esforços de tração e compressão simples. Com o acréscimo de diagonais (barras inclinadas), além dos montantes (barras verticais), a viga-vagão pode ser transformada em uma treliça - como são as treliças da face dessa pirâmide.
Devido a esse comportamento (esforços de tração e compressão simples nas barras), as treliças podem vencer grandes vãos com muita eficiência e pouco consumo de material, resultando em peças leves, do ponto de vista físico e visual, otimizado pelo uso de cabos nas barras tracionadas - na pirâmide do Louvre os membros comprimidos das treliças (banzo superior e montantes) são tubulares e os tracionados (banzo inferior e diagonais) são compostos de cabos.


Bibliografia



2 comentários:

  1. Fe, apenas foi solicitado pela professora pro meu grupo comentar embaixo de obras iguais à nossa e que já tínhamos escolhido anteriormente pelo face... abraços

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  2. Conceituação fraca: -0,3
    Faltaram duas obras: 1,0
    Nota: 0,7

    Nessa postagem, não foi feito desconto da apresentação de obras repetidas, conforme explicado em aula.

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